Cuidados paliativos: psicólogos têm papel fundamental na atenção a pacientes e acompanhantes - governo do estado do ceará
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29 DE AGOSTO DE 2024 - 10:07 #CUIDADOS PALIATIVOS #PSICÓLOGO #TRATAMENTO Bruno Brandão - Ascom HGWA - texto e fotos _Além da escuta, alguns cuidados também auxiliam em desejos que os
pacientes têm, como proporcionar a visita de um ente familiar_ Os CUIDADOS PALIATIVOS são um conjunto de tratamentos, não apenas com medicamentos, que tem como objetivo melhorar a qualidade
de vida do paciente, entendendo a morte como um processo natural. Nesse contexto, a PSICOLOGIA é um dos apoios multiprofissionais essenciais na ASSISTÊNCIA. Neste Dia do Psicólogo (27), o
HOSPITAL GERAL DR. WALDEMAR ALCÂNTARA (HGWA), unidade da Rede da SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO (SESA), apresenta uma equipe que atua com esses pacientes tanto no eixo adulto como pediátrico.
A coordenadora do setor, Jamile Vasconcelos, explica que o trabalho da Psicologia com os pacientes em cuidados paliativos na unidade hospitalar é direcionado tanto para o próprio paciente,
como para a família. _ A coordenadora da Psicologia do HGWA, Jamile Vasconcelos, também atua nos cuidados com pacientes paliativos_ “Buscamos acolher e compreender as principais demandas
emocionais em relação ao adoecimento, à internação e à terminalidade. Com o paciente, o principal foco é manter a autonomia e a dignidade no processo de cuidado, o que, muitas vezes, se dá a
partir da escuta das suas principais preocupações, dos seus desejos e dos seus valores. Com a família, a atenção se direciona para o ACOLHIMENTO, o ENGAJAMENTO NO CUIDADO e a ELABORAÇÃO DO
LUTO que às vezes acontece antes mesmo da perda – o que chamamos de luto antecipatório”, detalha. _Um dos momentos que contou com o apoio da Psicologia, a ida de uma paciente, em cuidados
paliativos, para uma ala aberta do hospital, para receber a visita do neto_ Os profissionais da PSICOLOGIA também mediam a comunicação do paciente e da família com a equipe
multiprofissional. É um trabalho que vai além do cuidado com o paciente internado. “Entendemos que o alinhamento de informações e expectativas é um grande facilitador no enfrentamento das
questões emocionais. Participamos de reuniões familiares junto com a equipe assistencial e a equipe de cuidados paliativos, assim como contribuímos na condução de um grupo psicoeducativo
sobre cuidados paliativos no êxito pediátrico”, explica. Na pediatria, o trabalho envolve principalmente a conversa com o paciente, quando possível, e com os familiares dos menores
internados, principalmente com doenças crônicas. Na ala adulta, além de escutas com os pacientes, também existem algumas ações que vão além, como tentar auxiliar na realização de vontades do
paciente, seja no desejo de comer algum alimento, alinhado com a nutrição, ou até mesmo levar para um espaço aberto ou proporcionar uma vista, como no acompanhamento de crianças que são
autorizar a visitar o paciente. Jamile, que também atua com os pacientes adultos, recorda de uma paciente diagnosticada com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que estava internada no HGWA,
onde foi possível acompanhá-la desde o momento do diagnóstico até o fim da vida. “Conseguimos definir as diretivas antecipadas de vontade dela junto com a equipe de cuidados paliativos e a
família. Também mediamos a visita do neto que era muito importante para a paciente. Ela faleceu no hospital , recebendo todo o tratamento necessário para o controle de dor e desconforto,
sendo respeitada em sua vontade de não ter seu sofrimento prolongado”, recorda. Dona Maria de Lourdes Maia, de 77 anos, diagnosticada com uma doença degenerativa, foi uma das pacientes
atendidas pelos cuidados paliativos no HGWA. Janainna Rúbia Maia, filha da paciente, que faleceu neste ano, relembra os dias que ela passou internada e como foi importante o cuidado da
Psicologia. “A psicologia foi excelente no cuidado com minha mãe e até mesmo comigo. Sou filha única e recebi uma estrutura, de conversa e atenção que fizeram os nossos dias mais leves. Eu
só tenho gratidão pela rede de apoio que recebemos no hospital”, conta. Voltar ao topo COMPARTILHAR