Mesmo com números desacelerando, especialistas dizem que pico do coronavírus no rio ainda não aconteceu - diário do rio de janeiro


Mesmo com números desacelerando, especialistas dizem que pico do coronavírus no rio ainda não aconteceu - diário do rio de janeiro

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Mesmo com os números mostrando uma desaceleração momentânea da pandemia do CORONAVÍRUS na cidade do RIO DE JANEIRO – taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em


hospitais particulares, por exemplo, caiu de 93% para 85% -, especialistas afirmam que o ISOLAMENTO SOCIAL não pode ser afrouxado e que o PICO DA DOENÇA no município como um todo ainda não


aconteceu. Fernando Bozza, chefe do laboratório do Instituto Carlos Chagas e coordenador de pesquisa em medicina intensiva do Instituto D’Or, diz que o ápice da Covid-19 no Rio só ocorreu


nas áreas de maior poder aquisitivo da cidade. _”Precisamos de mais informações sobre as regiões mais pobres, uma vez que temos evidências de que é onde a doença está bem prevalente, e a


subnotificação é maior”_, diz ele. Em relação à rede particular de saúde, o COPASTAR, em Copacabana, na Zona Sul, diz que, realmente, o número de casos de Coronavírus na unidade foi


reduzido. Já uma funcionária do HOSPITAL VITÓRIA, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, celebrou, na semana passada, o fechamento da 1ª ala voltada ao tratamento da Covid-19 no local. O hospital,


inclusive, informou que o espaço entrou em manutenção para receber pacientes com outras doenças. _”Foram dias difíceis, mas, hoje, mediante à estabilização da curva, tivemos condições de


fechar o nosso 1º setor Covid para começarmos a voltar à realidade”_, disse ela. Já na rede pública, a SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE diz que a média diária de atendimentos, que foi de 932 na


17ª semana da pandemia (19 a 25 de abril), apresentou constante queda, chegando a 496 no período entre 10 e 16 maio. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, a média diária de atendimentos


na rede chegou a 932 na 17ª semana epidemiológica (19 a 25 de abril). De lá para cá, a pasta fala em queda para 806, 640 e 496 doentes diariamente nas semanas seguintes, a última de 10 a 16


de maio (20ª). Apesar disso, é bom deixar claro os leitos estão longe de serem zerados. A previsão inicial da Prefeitura era que o Rio tivesse, ao todo, 1.356 (incluindo os de CTI), mas, até


o momento, o município só dispõe de 944. Vale dizer, também, que a Prefeitura deve começar a adotar a partir desta segunda-feira (01/06) a retomada das atividades na cidade. Num 1º momento,


o comércio deve ser reaberto e será autorizado que as pessoas voltem a circular por praças, parques e praias (calçadão e banho de mar).