MPF denuncia suspeito de mandar matar de Bruno e Dom 3 anos após o crime
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TRÍPLICE FRONTEIRA MPF denuncia suspeito de mandar matar de Bruno e Dom 3 anos após o crime O relatório final da Polícia Federal (PF) sobre os crimes cometidos na região da Terra Indígena
Vale do Javari apontou Ruben Dario da Silva Villar como mandante Publicidade BELÉM, PA (FOLHAPRESS) - O Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas denunciou nesta quinta-feira (5/6) o
homem apontado com mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. A formalização da acusação junto à Justiça Federal foi feita no dia em que o duplo
homicídio completa três anos.
O relatório final da Polícia Federal (PF) sobre os crimes cometidos na região da Terra Indígena Vale do Javari, na tríplice fronteira de Brasil, Peru e Colômbia, apontou Ruben Dario da Silva
Villar, conhecido como Colômbia, como o mandante dos assassinatos.
Dom Phillips e Bruno Pereira: suspeito confessa ter matado dupla No comunicado sobre a denúncia contra o suposto mandante, o MPF afirma que Bruno e Dom sofreram uma emboscada e foram mortos
por motivo torpe e de forma cruel.
A denúncia foi apresentada na Vara Federal de Tabatinga (AM), uma das cidades mais próximas do Vale do Javari. O grupo de apoio ao Tribunal do Júri auxiliou na elaboração da denúncia.
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conclusão do relatório final pela PF se deu em novembro de 2024. No documento, a polícia confirmou que os crimes ocorreram em razão da atividade de fiscalização realizada por Pereira na
região.
Em dois anos de investigação, nove pessoas foram indiciadas. O inquérito resultou no indiciamento de Colômbia. Ele estava preso no momento do indiciamento.
Bruno e Dom: dupla foi morta por munição de caça 'Corpos estavam amarrados em árvore', conta cunhado de Dom Phillips Jornalista mineiro Daniel Camargos lança filme sobre Dom Phillips Segundo
a PF, o suposto mandante forneceu munição para as execuções, patrocinou as atividades da organização criminosa voltada à pesca ilegal no Vale do Javari e teve atuação na coordenação da
ocultação dos corpos das vítimas.
O inquérito apontou ainda, conforme a PF, a atuação do crime organizado na região de Atalaia do Norte (AM), porta de entrada para o Vale do Javari. Essa atuação está ligada a pesca e caça
ilegais.
"A ação do grupo criminoso gerou impactos socioambientais, causou ameaças aos servidores de proteção ambiental e às populações indígenas", disse a PF.
O MPF no Amazonas denunciou como executores do crime Amarildo Oliveira, o Pelado; seu irmão Oseney de Oliveira, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.
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Amarildo e Jefferson serão levados a júri popular. Por falta de provas, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região determinou a exclusão de Oseney do julgamento popular.
Bruno e Dom foram assassinados no começo da manhã de 5 de junho de 2022. Os corpos só foram encontrados dez dias depois, em uma das margens do rio Itaquaí, no Vale do Javari, nas
proximidades da comunidade onde moravam dois dos três denunciados.
O MPF argumentou que Amarildo e Jefferson confessaram os crimes. A participação de Oseney, por sua vez, foi comprovada por depoimentos de testemunhas, segundo o MPF.
O órgão afirmou ainda que já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal no território indígena.
Inquérito sobre morte de Bruno e Dom é concluído pela Polícia Federal "O que motivou os assassinatos foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é
classificado pelo MPF como motivo fútil e pode agravar a pena", disse a Procuradoria.
As investigações da PF prosseguiram após a denúncia. Os policiais buscaram desvendar o "nível de ódio", nas palavras dos investigadores, que levou pescadores da região do Vale do Javari a
executarem as duas vítimas.
Outros pescadores, alguns deles familiares de Amarildo, foram indiciados pela PF, especialmente pela participação na ocultação dos corpos das duas vítimas. Eles também já foram denunciados
pelo MPF.
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