Doenças inflamatórias intestinais podem surgir na infância? Entenda

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As DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS (DIIs), como a DOENÇA DE CROHN e a Retocolite Ulcerativa, têm origem multifatorial envolvendo fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Pessoas com
histórico familiar dessas doenças ou com alterações específicas no sistema imunológico já nascem com uma predisposição que pode desencadear os sintomas ao longo da vida. Embora a maioria dos
casos se manifeste entre os 15 e 30 anos, Lucas Nacif, cirurgião do aparelho digestivo e membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), explica que existem formas raras
e graves da doença que podem surgir ainda na infância, especialmente nos primeiros anos de vida. São as chamadas DIIs de início muito precoce, que merecem atenção e cuidado especializados.
“Não é comum, mas é possível, Quando essas doenças aparecem em bebês ou crianças pequenas, muitas vezes estão associadas a erros inatos da imunidade e mutações genéticas que afetam a forma
como o corpo lida com a própria FLORA INTESTINAL. Nesses casos, o quadro tende a ser mais agressivo e resistente aos tratamentos convencionais”, explica o médico. Entre os sinais de alerta,
o Lucas destaca: * Diarreia frequente e de difícil controle * Presença de sangue nas fezes * Baixo ganho de peso ou dificuldade de crescimento * Atraso no desenvolvimento * Irritabilidade
constante Segundo o cirurgião, sintomas persistentes devem sempre ser avaliados por um especialista. “Em muitos casos, o DIAGNÓSTICO PRECOCE permite evitar complicações graves e iniciar um
tratamento adequado, que pode incluir terapias imunológicas e suporte multidisciplinar”, afirma. “O diagnóstico envolve uma série de etapas e exames complementares. Geralmente, começamos com
exames de sangue e de fezes, que ajudam a identificar sinais de inflamação ou possíveis infecções. Em seguida, partimos para exames de imagem e, quando necessário, realizamos endoscopias e
COLONOSCOPIAS com biópsias do tecido intestinal. Esses procedimentos são fundamentais para confirmar a presença de uma DII e definir o tipo. Nos casos muito precoces, testes genéticos e
imunológicos também são importantes para investigar alterações no sistema imunológico que possam estar por trás do quadro clínico”, explica o médico. Apesar de raras, as formas precoces de
DII representam um desafio diagnóstico, já que podem ser confundidas com ALERGIAS ALIMENTARES ou infecções comuns. “Por isso, o acompanhamento atento é essencial para investigar qualquer
sinal que fuja do padrão esperado”, destaca Lucas. SIGA NOSSO CANAL NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS RELEVANTES PARA O SEU DIA