Equipe de procura de órgãos de MS tenta aumentar captação
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O Hospital Regional de Campo Grande, que é administrado pelo governo do Estado, deixou de ser a sede da Organização de Procura de Órgão (OPO) de Mato Grosso do Sul. Desde 1º de junho a Santa
Casa assumiu a função. A unidade hospitalar é gerenciada pela Associação Beneficente Campo Grande (ABCG).
A OPO reúne grupos de coordenação regional que são responsáveis por organizar e apoiar o processo de doação de transplante. Esses grupos são de responsabilidade do Estado.
Apesar de ter abrangência estadual, a equipe só atende Três Lagoas, Dourados e Campo Grande. “Há a intenção de estender o atendimento para as demais cidades com potenciais doadores
diagnosticados com morte encefálica”, informou nota da Santa Casa.
Os integrantes da Organização de Procura de Órgão esperam que as doações aumentem com a transferência de sede. Hoje, a Santa Casa é referência em reurologia e pacientes vítimas de
politraumatismo e está prevista assumir o Hospital do Trauma, que ainda está em reforma. A unidade também é a única que realiza transplante de rim no Estado.
“A equipe do hospital atua há mais de 15 anos desenvolvendo trabalhos intra-hospitalares, e agora a missão é transferir este modelo para os demais hospitais a fim de aumentar o número de
notificações e de doadores. O maior beneficiado do nosso trabalho será a população, pois contará com um serviço de excelência nos hospitais”, opinou Ana Paula Silva das Neves, coordenadora
de enfermagem da OPO.
Dados apresentados pelo grupo indicaram que no ano passado houve 125 mortes encefálicas, com 61 recusas médicas e 64 famílias encaminhadas para entrevista com a Comissão Intra-hospitalar de
Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). No final, 25 autorizaram o procedimento e 39 recusaram.
Em 2016 fora captados 44 rins, 12 fígados e seis corações em Mato Grosso do Sul.
Neste ano, entre janeiro e maio, na Santa Casa, foram registradas 39 mortes encefálicas, com 14 recusas médicas e 25 famílias para serem entrevistadas pela comissão. O grupo conseguiu que 11
aceitassem realizar as doações e outras 14 famílias recusaram-se.
Nesses cinco meses foram 20 rins captados, um pulmão e cinco fígados.