Ronaldinho gaúcho falta à cpi e depoimento é remarcado

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O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho não compareceu ao depoimento para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, também chamada de CPI das Criptomoedas, que
seria realizado nesta terça-feira (22), a partir das 14h30, na Câmara dos Deputados em Brasília. Com a ausência, o presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), convocou o
atleta para uma nova sessão ainda esta semana, quinta-feira (24). Além de Ronaldinho, o irmão e empresário do ex-jogador, Roberto de Assis, também deveria ter prestado depoimento. Caso
faltem novamente, eles podem ser alvo de um pedido de condução coercitiva. “A gente estendeu essa convocação, novamente, para a próxima quinta-feira (24), às 10h da manhã. Caso não tenha o
comparecimento, a gente vai usar, regimentalmente, a condução coercitiva, pedir para o senhor Ronaldo e o seu irmão que possam esclarecer à CPI fatos que envolvem a [empresa] 18K
Ronaldinho”, afirmou Ribeiro. O ex-jogador foi convocado para depor em função de negócios que possui com uma plataforma que opera com criptoativos, acusada pelo Ministério Público de
promover pirâmide financeira. A CPI investiga esquemas de pirâmides financeiras com o uso de criptomoedas. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao todo, 11 empresas teriam
cometido fraudes, como a divulgação de informações falsas e promessa de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar o esquema de pirâmide. Uma decisão do ministro
Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia garantido ao ex-jogador de futebol um _habeas corpus_ que lhe dava direito de ficar em silêncio no depoimento à CPI. Apesar disso,
segundo o presidente da CPI, o comparecimento era obrigatório. “Acredito que ele está sendo mal orientado juridicamente. Ele recorreu ao STF, conseguiu um _habeas corpus_ para ficar em
silêncio, não se incriminar na CPI, mas não conseguiu um _habeas corpus_ para não participar da CPI”, destacou Áureo Ribeiro. O parlamentar ainda ressaltou que o esquema ilegal investigado
lesou cerca de 3 milhões de pessoas e envolveu desvios de bilhões de reais. *Por Agência Brasil