Dívidas de clubes com atletas adiam campeonato


Dívidas de clubes com atletas adiam campeonato

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São Paulo - A AFA (Associação de Futebol Argentino) decidiu suspender o reinício do futebol no país até que os clubes paguem suas dívidas com os seus jogadores. A medida vale para as


principais divisões do futebol no país e até para os torneios do interior. O valor total da dívida com os atletas seria de aproximadamente US$ 10 milhões (R$ 18,8 milhões). Seis clubes da


Pri­meira Divisão do país, em especial, estão em situação difícil. A AFA entende que a crise financeira por que passam os clubes argentinos só poderá ser solucionada com os valores obtidos


com direitos de TV e com a oficialização de um novo sistema de apostas esportivas – a exemplo do que já acontece no Brasil, as apostas gerariam recursos para os clubes. Em comunicado, a


entidade dirigida por Julio Grondona informou que "foram postergados todos os torneios da AFA’’. O dirigente argentino, que cancelou a viagem que iria fazer a Moscou para acompanhar a


partida da seleção do país no dia 12, espera ter uma reunião com representante do governo. Os clubes querem renegociar contrato com o governo que trata das apostas esportivas, que poucos


recursos têm gerado aos times. Dentre os clubes com mais problemas, figuram grandes como Independiente, San Lorenzo e River Plate. Os times também acreditam que estão recebendo pouco


dinheiro pelas transmissões de suas partidas em relação ao que faturam de canais internacionais. "Isso é um papelão mundial. A AFA tem a responsabilidade de supervisionar os balanços


dos clubes e, caso não cumpram, de puni-los’’, falou Daniel Vila, presidente do Independiente Rivadavia de Mendoza, time da Segunda Divisão. O Apertura, torneio da elite na Argentina,


deveria começar originalmente no dia 14 de agosto. O sindicato de jogadores do país informará a AFA sobre a situação das dívidas com os atletas no dia 11. "Não dá dívidas grandes ou


pequenas’’, afirmou Grondona, indicando que todas devem ser pagas. Na semana passada, Sergio Marchi, secretário-geral do sindicato de jogadores, mostrou pessimismo em relação ao pagamento


rápido das dívidas. "A maioria dos clubes devedores não pode fazer frente às suas obrigações e é muito difícil que isso se resolva em menos de um mês. Muitos clubes estão esperando a


venda de algum jogador para cumprir com as suas obrigações’’, afirmou ele. Veja também