Tragédia no Monte Meron terá repercussões políticas para Netanyahu
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no Monte Meron terá repercussões políticas para Netanyahu Por Célio Yano
Por Estadão Conteúdo
01/05/2021 às 09:39
Dê de presenteOficiais de segurança afirmam que 44 pessoas morreram em evento religioso em Meron, no norte de Israel (Foto: Ishay JERUSALEMITE/Behadrei Haredim/AFP) Ouça este conteúdo
O tumulto que terminou com a morte de pelo menos 45 pessoas e deixou 150 feridos no Monte Meron, na Alta Galileia, em Israel, terá repercussões políticas em um momento de grande incerteza
após a inconclusiva eleição de março, a quarta em dois anos.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, até agora não teve sucesso em formar uma coalizão governamental. O prazo para que ele costure uma aliança acaba na terça-feira. Se falhar, seus
rivais políticos terão a chance de tentar formar uma aliança que pode excluí-lo do poder.
Netanyahu há muito confia em poderosos partidos ultraortodoxos como aliados e precisará do apoio deles se quiser manter vivas as esperanças de permanecer no cargo.
Durante a visita que fez ontem ao Monte Meron, o premiê foi vaiado por dezenas de manifestantes religiosos que culpam o governo pela tragédia. Se o descontentamento se espalhar, isso
certamente pode prejudicar ainda mais as perspectivas de Netanyahu.
A tragédia também ameaça aprofundar uma forte reação pública contra os judeus ultraortodoxos. Netanyahu foi muito criticado no ano passado por permitir que a comunidade ultraortodoxa
desprezasse as diretrizes de combate à crise sanitária.
O primeiro-ministro permitiu a abertura de escolas e sinagogas e a realização de funerais em massa, tudo que estava vetado para os demais cidadãos. A comunidade ultraortodoxa está entre as
mais atingidas pela doença em Israel.
Gideon Rahat, cientista político da Universidade Hebraica e bolsista do Instituto de Democracia de Israel, disse que, nos próximos dias, haverá uma batalha sobre a responsabilidade pelo
trágico evento.
Netanyahu pedirá a unidade nacional, enquanto seus oponentes dirão que ele não está mais apto para permanecer no cargo e é hora de mudanças. "Há uma batalha no enquadramento, quem é ou não o
culpado", disse Rahat. "Já vemos os sinais disso."
De acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde de Israel, as reuniões públicas continuam limitadas a, no máximo, 500 pessoas. No entanto, a imprensa israelense disse que Netanyahu
garantiu aos líderes ultraortodoxos que as comemorações ocorreriam mesmo com o risco de uma superexposição dos participantes ao vírus, apesar das objeções das autoridades de saúde pública. A
assessoria de imprensa de Netanyahu não respondeu aos pedidos de entrevista para comentar o caso.
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