Protestos em brasília reúnem metade dos manifestantes de 15 de março


Protestos em brasília reúnem metade dos manifestantes de 15 de março

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Cerca de 25 mil pessoas voltaram às ruas neste domingo, 12, em Brasília para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff. O número foi praticamente a metade do que foi estimado


na manifestação de 15 de março, que reuniu cerca de 45 mil a 50 mil pessoas em frente ao Congresso Nacional. Organizado por sete diferentes grupos, o protesto começou às 9h30 e durou


aproximadamente três horas. A principal bandeira da manifestação foi o Fora Dilma, estampado em camisetas, cartazes e palavras de ordem. Veja também Algumas faixas elogiavam o papel da


Polícia Federal e do juiz Sérgio Moro, responsáveis pelas investigações da Operação Lava Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras. Havia também manifestantes que pediam a


“neutralidade” do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento do caso. Algumas pessoas criticaram o ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato, por ele não ter pedido


a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que prestou depoimento na CPI da Petrobrás na semana passada. O locutor de um dos carros de som puxava o coro contra o ministro Dias Toffoli.


Ele, que foi advogado do PT, foi transferido para a Segunda Turma do STF, colegiado que vai julgar as ações da Lava Jato. O início esvaziado do protesto preocupou os organizadores, que


começaram a pedir para que as pessoas postassem fotos nas redes sociais e chamassem os amigos para participar. Aos poucos, a Esplanada foi ficando mais cheia. Depois de a passeata começar,


foi feito uma pausa em frente à Catedral de Brasília para rezar um Pai Nosso. O locutor dizia que era preciso agradecer a Deus pela quantidade de gente que já estava no local. Durante o


protesto, o grupo que defendia a intervenção militar ficou isolado. Com um carro de som próprio, os defensores da volta das Forças Armadas ao poder eram vaiados pelos demais quando defendiam


a ideia. A servidora pública Ana Paula Fernandes chamou a atenção ao se fantasiar de Dilma e usar uma algema nas mãos. Ao contrário da presidente, que combateu a ditadura, a sósia da


petista defende a intervenção militar. Segundo ela, as “pessoas de bem” eram a favor do regime militar. “Só bandidos e comunistas não gostavam”, afirmou. Também fez sucesso entre os


manifestantes uma “cadeia” onde foram colocados bonecos representando Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador José Antônio Reguffe (PDT-DF) compareceu à manifestação. O


parlamentar pertence a um partido da base aliada, mas tem mantido uma posição contra o governo. Ao ser questionado se a presença dele era em apoio ao impeachment da presidente, Reguffe disse


apenas que foi ao ato “como cidadão”.