Bicicletas. Produção ultrapassa 1,6 milhões de unidades por ano
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O setor ocupa o terceiro lugar dos maiores produtores europeus e emprega 7500 pessoas. A internacionalização continua a ser um dos grandes objetivos. A indústria portuguesa de bicicletas
emprega no total cerca de 7500 trabalhadores, dos quais 1500 são empregos diretos e seis mil indiretos. A produção anual ronda 1,6 milhões de unidades, o que posiciona a indústria nacional
nos primeiros lugares do ranking europeu do setor, ao ocupar o terceiro lugar. Os dados foram avançados ao ipela Associação Nacional da Indústria de Duas Rodas (ABIMOTA). A associação conta
com mais de oito dezenas de empresas associadas que representam mais de quatro mil postos de trabalho. Este setor é composto, na sua maioria, por empresas de pequena e média dimensão, das
quais dez são líderes na montagem de bicicletas. Conta ainda com mais de 25 empresas produtoras de componentes e mais de 40 que possuem competências e experiência em tecnologias aplicáveis
às duas rodas. Captação de investimento, internacionalização, promoção do empreendedorismo, turismo em bicicleta e territórios cicláveis são os grandes projetos desta associação. A
explicação para este sucesso é simples: existe no mercado nacional um conjunto de empresas que produzem componentes para bicicletas que, “além de uma capacidade de resposta flexível e de
qualidade, integra ainda capacidade industrial para novas necessidades e tendências do mercado, nomeadamente o uso de fibra de carbono, microtecnologias, ferramentas, mobilidade elétrica e
tecnologias de informação”. VENDAS SOBEM Também o aumento de compra por parte dos portugueses explica, em parte, o sucesso deste setor. De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional
de Estatística (INE), as vendas de bicicletas subiram mais de 30% no espaço de um ano. Feitas as contas, foram vendidas quase 1,5 milhões, permitindo às empresas arrecadar mais de 178
milhões de euros. E a maioria das unidades que foram vendidas em Portugal foram produzidas no mercado nacional. Isso mesmo também tornou o nosso país atrativo para captar investimento
estrangeiro. De acordo com o secretário-geral da associação, João Medeiros, nos últimos anos temos vindo a assistir à instalação de empresas estrangeiras em território português. PROMOÇÃO A
pensar no crescimento do setor, a ABIMOTA lançou a iniciativa “Portugal Bike Value”. De acordo com o responsável, a ideia é “apresentar à indústria das bicicletas todo o potencial do país,
onde este setor nunca deixou de funcionar, ao contrário do que aconteceu em vários outros países da Europa”. Ao mesmo tempo, a associação promove a agregação de 38 empresas e 19 entidades no
chamado Cluster da Mobilidade Suave, que se propõe “alargar a fronteira tecnológica da indústria, através do desenvolvimento de inteligência competitiva” e de novas soluções que passem por
“novos materiais, produtos e negócios ligados à mobilidade suave, e pela promoção de soluções de mobilidade integradas nas smart cities”. Em representação do cluster, a ABIMOTA já se
candidatou a 4,2 milhões de euros de fundos comunitários 2020 e, com o desenvolvimento dos dois projetos, espera até 2018 ver duplicado o valor das exportações no setor em relação a 2011,
para 450 milhões de euros.