Canteiro de obras datransposição é depredado
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A depredação de um canteiro de obras do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco, na última sexta-feira, em Salgueiro, no sertão pernambucano, levou o governo federal a criticar a
empreiteira Mendes Júnior, que não teria pago dívidas no comércio da região. Em nota divulgada no domingo, 8, o Ministério da Integração Nacional afirmou que há “suspeitas” de que o grupo de
pessoas que invadiu e promoveu um quebra-quebra nas instalações do projeto era formado por credores da empresa, afastada da obra depois de ser considerada inidônea pela Controladoria-Geral
da União (CGU). Procurado para comentar o caso, o advogado da empreiteira, Marcelo Leonardo, afirmou: “A Mendes Júnior, neste momento, opta por não se manifestar sobre a nota do ministério e
lamenta os fatos ocorridos.” No comunicado, o ministério destacou que fez todos os pagamentos devidos a empreiteira durante os trabalhos. Os credores da construtora, segundo a pasta,
reclamam de um débito total de cerca de R$ 24 milhões. O governo, por sua vez, afirma que a empreiteira lhe deve mais de R$ 200 milhões. “O Ministério da Integração Nacional destaca que não
há passivos seus em relação à empresa Mendes Júnior. Ao contrário: a empresa é que tem dívidas pendentes com a pasta, referentes a multas por readequação de preços e a penalidades
contratuais.” DEPREDAÇÃO O governo avalia que o “ato criminoso” de depredação do canteiro põe em risco o abastecimento de pelo menos 3 mil pessoas em 17 comunidades que poderão vir a ser
favorecidas pela chegada da água no Reservatório de Terra Nova. Em um boletim de ocorrência, a construtora Emsa, líder do consórcio que venceu a disputa para completar as obras, informou à
polícia que seus empregados estão sofrendo ameaças. “As ameaças verbais são frequentes e agressivas. Se referem à intenção de fechar o prédio onde funciona a coordenação do Eixo Norte e a
gerenciadora, invadir e paralisar o canteiro da empreiteira Emsa, assim como das suas subcontratadas, fechar a BR-116 no trecho em frente aos escritórios da coordenação e depredar o canal e
as obras”, ressaltou o comunicado do governo. Na nota, o ministério observa que, embora os débitos da empreiteira com os comerciantes da região referem-se a uma relação contratual entre
empresas privadas, o governo tenta mediar um acordo. Uma equipe da pasta manteve reuniões com representantes da Mendes Júnior e com os credores. As informações são do jornal O ESTADO DE S.
PAULO.