Empresa japonesa ispace perde contacto com sonda durante aterragem na lua

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"Não conseguimos confirmar (a aterragem na Lua), mas os membros do centro de controlo da missão vão continuar a tentar estabelecer contacto com a sonda", diziam os comentadores
cerca de 15 minutos após a aterragem teórica, enquanto os cientistas, visivelmente tensos, mantinham os olhos colados aos ecrãs de controlo. Esta é a segunda missão lunar depois de a
primeira da empresa ter terminado com uma aterragem acidentada, dando origem ao nome Resilience para o seu sucessor. A Resilience contém um 'rover' com uma pá para recolher a
sujidade lunar, bem como uma casa vermelha em tamanho de brinquedo de um artista sueco para ser colocada na superfície poeirenta da lua. Lançado em janeiro na Florida, a Resilience entrou em
órbita lunar no mês passado. Partilhou uma boleia da SpaceX com o Blue Ghost da Firefly Aerospace, que chegou à Lua mais rapidamente e que se tornou a primeira entidade privada a aterrar
com sucesso em março. Outra empresa americana, a Intuitive Machines, chegou à Lua alguns dias depois da Firefly, mas a nave caiu numa cratera perto do pólo sul da lua e foi declarada
inoperável em poucas horas. A Resilience tinha como alvo a parte superior da lua, um local menos ameaçador do que o fundo sombrio. A equipa do ispace escolheu uma área plana com poucas
rochas no Mare Frigoris ou Mar de Frio, uma região longa e estreita cheia de crateras e antigos fluxos de lava que se estende pela camada norte do lado próximo. Os planos previam que a
Resilience de 2,3 metros transmitisse imagens em poucas horas e que o módulo de aterragem baixasse o 'rover' à superfície lunar. Leia Também: Astrónomos descobrem as explosões
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