Nova tarifa de Trump sobre o aço vai encarecer produto, diz Alckmin


Nova tarifa de Trump sobre o aço vai encarecer produto, diz Alckmin

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Nova tarifa de Trump sobre o aço vai encarecer produto, diz Alckmin 19:02 | 04/06/2025 Autor Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil


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O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (4) que o aumento, de 25% para 50%, da sobretaxa sobre o aço e


o alumínio importados pelos Estados Unidos não afeta apenas o Brasil, mas impacta todo o mercado internacional desses insumos.


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Assine agora "A medida que os Estados Unidos, o presidente [Donald Trump] tomou ontem, aumentando o imposto de importação de 25% para 50%, não foi só para o Brasil, foi para o mundo inteiro.


Então, não é ruim para o Brasil, é ruim para todo mundo, vai encarecer os produtos", observou Alckmin após participar da inauguração do Parque Solar de Arinos (MG), na região do Entorno do


Distrito Federal.


Geraldo Alckmin lembrou que o Brasil é o segundo maior comprador do carvão siderúrgico americano, que é semielaborado pela indústria nacional e depois revendido aos EUA para que as


companhias do país fabriquem motores, automóveis, aeronaves. "É uma cadeia importante, então, eu lamento, mas qual o caminho? O caminho é incentivar ainda mais o diálogo. Foi criado um grupo


de trabalho pelo lado do Brasil, formado pelo Ministério da Indústria e pelo Ministério de Relações Exteriores. Pelo lado americano, o USTR [Representante de Comércio dos EUA]", comentou o


presidente em exercício.


O vice-presidente também ressaltou que o Brasil pratica tarifa zero para oito dos dez principais produtos que os Estados Unidos exportam para o país. >> Siga o canal da Agência Brasil no


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A nova sobretaxa sobre o aço e o alumínio, que agora atinge 50%, foi anunciada menos de três meses da imposição da primeiras tarifas, então em 25%, sobre os mesmos produtos.


A taxação definida pelo governo dos EUA é uma forma de protecionismo às siderúrgicas americanas, que passam a concorrer em vantagem com produtos importados que chegarão mais caros aos


Estados Unidos. Esta tem sido a política comercial adotada pelo governo estadunidense desde o início do segundo mandato de Donald Trump, sob alegação de forçar uma reindustrialização do


país.


Empresas brasileiras Em nota, a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) manifestou preocupação com a nova sobretaxa e pediu ações amplas do governo brasileiro para lidar com o novo cenário


em que medidas protecionistas devem conviver com agendas industriais mais coordenadas.


"É necessário um duplo movimento: por um lado, cautela e calibração na adoção de medidas emergenciais de mitigação – como o fortalecimento dos instrumentos de defesa comercial e ajustes


tarifários para coibir práticas desleais e desvios de comércio; por outro, visão estratégica para reposicionar o Brasil na nova geografia da cadeia global do alumínio, com base em suas


vantagens competitivas estruturais", disse a entidade.


Já o Instituto Aço Brasil, que representa as empresas do setor, afirmou em nota, divulgada na terça-feira (3), que é preciso manter esforços para reconstruir o mecanismo de cotas que permite


que quantidades determinadas de aço entrem nos EUA sem tarifas comerciais. Segundo a entidade, a taxação é um problema para a própria indústria norte-americana, que será prejudicada.


"Mais uma vez, o Aço Brasil reforça que a retomada das exportações de aço aos Estados Unidos nas condições vigentes até março atende não somente o interesse da indústria de aço brasileira,


mas também da indústria de aço norte-americana. As usinas norte-americanas demandaram quase 6 milhões de toneladas de placas de aço em 2024, das quais 3,4 milhões de toneladas vieram do


Brasil. O não reestabelecimento do acordo será prejudicial a ambos os países, razão pela qual o Aço Brasil mantém sua confiança na continuidade do diálogo entre os dois governos, de forma a


retomar o fluxo de produtos de aço para os Estados Unidos."


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