Serviço de verificação de óbitos completa 20 anos de atuação no ceará
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É + que streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora O SVO fica localizado no bairro Messejana, em
Fortaleza, e atende cerca de 90% DO TERRITÓRIO CEARENSE. Funciona 24 horas por dia. O equipamento também investiga falecimentos domiciliares sem assistência médica, além daqueles registrados
em pronto atendimento. Tânia Mara, titular da Sesa, destaca que o órgão é fundamental para a investigação de casos em que a causa da morte não foi definida. “O corpo clínico dessa unidade
desenvolve um trabalho muito importante. É por meio dessa análise que descobrimos se aquela é uma doença nova ou se estamos tendo aumento de casos de alguma doença que já existe, para
podermos tomar as medidas necessárias. Um papel que vai muito além da realização de necropsias, mas de apuração de dados para criarmos políticas públicas que impactem na saúde da população”,
explica em nota enviada à imprensa. O secretário-executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antônio Silva Lima (Tanta), afirma que depois da pandemia o SVO passou a ser uma ferramenta
importante no sentido de descobrir novas doenças. “Hoje, temos a capacidade de rapidamente investigar qualquer agravo inusitado, porque temos o SVO para explicar. Ele é uma espécie de
sentinela, porque também consegue, eventualmente, informar com mais rapidez, novos agentes que possam ter impacto para a população", afirmou em nota enviada à imprensa. SVO REALIZA 5
MIL NECROPSIAS POR ANO A diretora-geral do SVO, Anacélia Gomes de Matos, declarou ao O POVO que o equipamento tem o objetivo de elucidar mortes naturais que tiveram ou não assistência
médica. "Justamente excluindo os casos de morte suspeita ou de violência. Nesses casos [quem realiza] é a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce)", detalha. Casos como
covid-19, pneumonia, tuberculose, câncer e raiva humana são considerados como morte natural. Envenenamento e suicídio, por exemplo, são casos de morte suspeita, sendo encaminhados à Pefoce.
"O médico ao fazer a necropsia, ele detecta alguma substância, então o corpo é encaminhado à Pefoce, porque não é competência nossa", explica. Uma das doenças descobertas pelo SVO
é a FEBRE DO OROPOUCHE. “Foi graças ao SVO que a gente conseguiu detectar a transmissão que a mãe teve, da febre do oropouche e transmitiu para o bebê ainda na barriga". Quando a
vigilância epidemiológica suspeita de algum agravo no município, o corpo é encaminhado à unidade para análise. “Então quando tem o óbito suspeito de alguma doença, eles sinalizam pra gente,
o município encaminha o corpo e a gente faz a realização da necropsia, para fechar o diagnóstico". Anacélia declara que em 2024 foram realizadas pelo menos 2 MIL NECROPSIAS: “São 4.500
atendimentos ao ano”. A diretora-geral da unidade afirma que pelo menos 100 MIL PROCEDIMENTOS foram realizados durante as duas décadas de funcionamento. De acordo com ela, a importância do
equipamento para a saúde pública é a detecção da causa da morte da população. “Com essas informações, a gente entrega para a Secretaria da Saúde e assim ela vai elaborar ações de políticas
públicas voltadas à promoção de saúde e prevenção dessas doenças". O papel do SVO, de acordo com Anacélia Gomes de Matos, não é apenas epidemiológico. "A gente também tem um papel
acadêmico muito grande, porque aqui passam mais de mil estudantes por ano, tanto de universidades públicas quanto privadas. Aqui eles têm o conhecimento e enxergam de perto como que a gente
trabalha, de como o SVO funciona para o Sistema Único de Saúde (SUS)", conclui. SOBRE O ASSUNTO Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente