Ações afundam quase 19% e nubank perde r$ 68,6 bilhões em valor de mercado após balanço
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MONTANTE PERDIDO É MAIOR QUE VALOR TOTAL A B3 (R$ 59,4 BILHÕES) E QUASE UMA SABESP (R$ 67,4 BILHÕES) O lucro do Nubank no quarto trimestre bateu o consenso dos analistas, mas a receita ficou
um pouco abaixo do esperado e a desaceleração em outros indicadores operacionais chamou a atenção, fazendo os papéis do banco despencarem no after hours ontem e seguirem em queda no pregão
desta sexta-feira (21). Na quinta-feira (20), no pós-mercado da Bolsa de Nova York (Nyse) as ações do Nubank despencaram após o balanço, movimento que continuou na sexta-feira, quanndo os
papéis fecharam em baixa de 18,89%, a US$ 10,82, após mínima de US$ 10,74. Ou seja, a ação perdeu a maior parte da alta acumulada em 2025 até então, que era de 28,8%. Com isso, o Nubank
perdeu cerca de US$ 12 bilhões (R$ 68,6 bilhões) em valor de mercado somente na sexta-feira, mais que o valor de mercado da B3 (R$ 59,4 bilhões) e de uma Sabesp (R$ 67,4 bilhões). O Citi
aponta que a margem financeira do Nubank caiu 0,7 p.p. no trimestre, para 17,7%, e que a receita média por cliente (ARPAC) recuou pelo segundo trimestre consecutivo. Já a receita de tarifas
teve crescimento anual de 9%, com o ritmo de expansão ficando pela primeira vez abaixo de dois dígitos. O volume de pagamentos processados (TPV) foi afetado pela variação cambial, com queda
de 1% na variação anual. "O Nubank parece estar adotando uma postura mais prudente em relação à originação (principalmente em cartões de crédito), mas nossa leitura dos resultados é
principalmente negativa. Embora reconheçamos alguns ventos contrários em função da variação cambial, vemos algumas tendências operacionais principais atingindo a saturação", dizem os
analistas. Para o Safra, o crescimento do Nubank está sendo apresentado à gravidade. "Vínhamos comentando sobre a desaceleração de 'growth' (crescimento) implícita. Chama
atenção o yield (rendimento) caindo no cartão e o Pix Crédito que não deve ter melhora relevante novamente." O yield de crédito ficou em 5,9% no quarto trimestre, de 5,8% no terceiro e
6,4% no quarto trimestre de 2024. O banco não detalha o yield por produto, mas no balanço aponta que houve uma queda do yield em cartão, "refletindo melhorias nas oferta de produtos e
melhores perfis de risco de clientes". Na avaliação do Itaú BBA, a receita do Nubank no trimestre ficou 10% abaixo do previsto e a maior restrição no Pix Crédito continua afetando a
margem. "A qualidade do crédito é satisfatória, mas estamos cautelosos quanto aos riscos futuros no que poderá ser um ciclo de crédito desafiador". Para o Goldman Sachs, apesar dos
resultados abaixo do esperado, o crescimento da carteia continua forte e a qualidade dos ativos melhorou. Os analistas têm recomendação de "compra" para Nubank, mas apontam que
existem riscos para essa tese. Entre esses riscos estão um ambiente macro mais fraco levando a riscos de qualidade dos ativos e provisões mais altas; crescimento mais lento dos empréstimos;
regulamentação impactando as taxas dos cartões de crédito; e os investimentos no México e na Colômbia impactando a lucratividade. No quarto trimestre, o Nubank conquistou 3 milhões de
clientes no Brasil, o menor número trimestral desde o segundo trimestre de 2020. Segundo os analistas do BTG, o negócio do banco no Brasil está cada vez mais dando sinais de ter atignido a
maturidade, com menos espaço de crescimento, especialmente em cartão. "Dito isto, a expansão a um ritmo rápido e acelerado em empréstimos pessoais sem garantia, em teoria um produto
menos 'comprovado', torna-se cada vez mais importante para o Nubank cumprir as elevadas expectativas de crescimento/rentabilidade em 2025.